|
Gamo |
|
Javali |
|
Gamo |
D. João V, o “Rei Magnânimo” (1706-1750), mandou construir um
Palácio-Convento na Vila de Mafra em cumprimento da promessa que fez,
caso a Rainha lhe desse descendência.
Este grandioso monumento,
construído numa época de grande prosperidade real em resultado da
exploração de ouro e diamantes do Brasil, constitui uma obra-prima do
Barroco Português.
A Real Tapada de Mafra foi criada em 1747
com o objectivo de proporcionar um adequado envolvimento ao Monumento,
de constituir um espaço de recreio venatório do Rei e da sua corte e
ainda de fornecer lenhas e outros produtos ao Convento.
Com uma
área de 1187 hectares, a Real Tapada de Mafra é rodeada por um muro de
alvenaria de pedra e cal, com uma extensão de 16 Km. A Tapada foi
dividida em três partes separadas por dois muros construídos em 1828,
estando actualmente a primeira, com 360 hectares, sob administração
militar.
Desde o século XVIII até à implantação da República, a
Real Tapada de Mafra foi local privilegiado de lazer e de caça dos
monarcas portugueses, sendo contudo nos reinados de D. Luís (1861-1899) e
de D. Carlos (1899-1908) que a Tapada conheceu o seu período áureo como
parque de caça.
Segundo Alexandre Herculano, escritor e grande
entusiasta do desenvolvimento agrícola do país, a Tapada, em 1843 e na
sequência da vitória do regime liberal, foi instituída em Granja Real,
quinta-modelo para o desenvolvimento da agricultura, silvicultura e
criação coudélica da região. O projecto contudo não vingou e a Tapada
retomou as suas antigas funções.
Com a implantação da República
passou a designar-se Tapada Nacional de Mafra, sendo utilizada
fundamentalmente para o exercício da caça e para actos protocolares.
A partir de 1941 foi submetida ao regime florestal total, sob tutela da
Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, passando a ser
gerida numa perspectiva mais ambiental.
Em 1993 a Tapada foi
concessionada à Empresa Nacional de Desenvolvimento Agrícola e
Cinegético (ENDAC), uma sociedade de capital exclusivamente público na
dependência do Ministério da Agricultura.
A partir de 1998 é
criada uma Cooperativa de Interesse Público para aproveitamento dos
recursos da Tapada, com o Estado a deter posição maioritária no seu
capital social, numa parceria com a Câmara Municipal de Mafra e
entidades privadas.
Com a devida vénia Texto do Site da Tapada de Mafra (http://www.tapadademafra.pt/conheca-a-tapada/a-historia-da-tapada.html)